sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Certezas? Não as carrego mais. Muito pesadas.

Há exatos seis meses atrás, sai com uma mochila nas costas e a certeza de que precisava mudar. De ares, de cidade, de vida, de profissão...
Com a certeza de que não queria mais trabalhar com comida. Com a certeza de que me estabeleceria com rapidez e facilidade em um mercado que não sabe quem sou, com a certeza de que o lugar que escolhi pelos ultimos 12 anos, nada mais tinha a me oferecer.

Quantas certezas. Quantos enganos.

Há seis meses atrás o que se iniciou foi um processo, doloroso e lento de mudanças. Essa era outra certeza, a dor.
E no meio de tantas certezas, foram as dúvidas que me jogaram pra frente. Duvidei da minha capacidade de confiar ante ao desconhecido. Duvidei do meu caminho profissional. Duvidei da minha capacidade e talento na cozinha. E cada vez que eu duvidava, eu me perdia. E cada vez que me perdia, tentava aceitar que a unica forma de mudar era flertar com a incerteza do que havia por vir, e abraça-la com confiança de que, mesmo não sabendo qual era o caminho exato, ele seria o caminho certo.
Seis meses depois, me encontro há 7 dias da mudança definitiva. Lembranças encaixotadas junto com os pertences. Não levarei todos. Nem os pertences, nem as lembranças. Porque a cidade que escolhi há 12 anos ainda tem, sim, muito a me oferecer e vou deixando por aqui partes importantes de mim. Mantendo os laços fisicos e amorosos. Meu quarto fica, meus amigos, caros, raros e tão amados, ficam. minha história, pessoal e profissional, fica. Porque mais do que apenas me mudar, o que estou fazendo é construir uma nova história. Que em nada invalida ou desmerece a anterior.
Sou tantas. E agora mais uma. Mais leve. Porque as certezas, não as carregarei mais. Chega de peso nessa vida!



quarta-feira, 9 de julho de 2014

Chef??? Não, não...cozinheira mesmo, e com muito orgulho!!

"Não acredito em cozinheira magra, nem em artesão gordo"Li essa frase esses dias no perfil de um amigo artesão e não pude deixar de discordar. Não que eu, enquanto cozinheira (nem como bióloga o fui, rs!), seja uma pessoa magra, não mesmo!! Se for baseado no padrão social, então?? Muito menos!!! Mas posso dizer que sou alguém confortável comigo mesma, com a minha casca. E ainda, cada vez mais confortável em me assumir como cozinheira, sim! Cheff, não!! Porque a distinção? Porque cozinhar pra mim é algo intuitivo, é de família. Sou a quarta geração de uma família onde homens e mulheres cozinham bem, com gosto e prazer, fazendo disso seu ganha pão, ou não. Minha bisa fazia os melhores doces do mundo, minha avó tem restaurante há mais de cinquenta anos, meus pais, minha tia, todos já viveram disso em algum momento da vida, meu irmão é um cozinheiro requintado e de mão cheia,  e eu depois de muito relutar, tenho aos poucos assumido a cozinha como estilo de vida. Nunca fiz um curso (só de Barista) mas tenho confiança no meu instinto culinário, e sendo assim cozinho "de um tudo", do picadinho ao cordeiro, do camarão com chuchu à lagosta, da carne moída à rabada... Nos últimos meses, tendo passado cada vez mais tempo na cozinha, o que percebo é que quanto mais tempo passo cozinhando, por melhor que seja o que eu faça, menos eu como.  Daí a discordância com a frase lá do início do texto! E o que é ainda pior, acabo me alimentando mal. Deixo pra comer alguma coisa depois que tiver terminado a meta de produção do dia (muitas encomendas em vista e planos de entregar definitivamente os quitutes em Sampa) o que em um dia como hoje significou tomar café da manhã às 8h e almoçar só as 16h da tarde!!! Para evitar isso, hoje além de produzir o que não é pra mim, resolvi já dar um adianto em umas comidinhas que me bastem pra semana, e nessa minha chatice atual de não consumir temperos prontos, conservantes e químicos em geral, fazer essas comidas acaba sendo sempre um pouco mais demorado mas, o resultado sempre vale à pena. Sendo assim hoje enquanto preparava mais uma encomenda de quiches, aproveitei pra fazer pão (sem farinha branca, cheio de grãos!) um almocinho rápido e já deixei cozinhando uma Brachola para amanhã. O resultado??? Perfeito!!!
Pro almoço, usei sem dó meu restinho de Dijon para fazer tirinhas de frango com ervilha torta em molho de mostarda e mel, acompanhado de quinoa, olha aí:


 Enquanto as quiches assavam, aproveitei pra preparar uma brachola:
e um pão que vai acompanhar a ricota caseira, já pronta!


No final das contas esse foi um mês produtivo na cozinha, para me alimentar melhor,


Ganhar um dinheirinho:


Ou só pra alegrar os amigos:


E assim parando de negar o pé (e todo o corpo) na cozinha, lá vou eu para mais uma empreitada. De volta à Sampa, em muito breve, e ideia é cozinhar para mim e para quem mais quiser...com muito amor, muito cuidado pelo que se come e tudo, sempre, o mais natural e feito em casa possível. Pode me convidar parar jantar, que eu cozinho!! Mas não lavo, rs!!

quarta-feira, 11 de junho de 2014

por mais autonomia alimentar e menos industrializados

A cada ida minha ao mercado saio mais chocada com os preços que não param de subir. Na região onde moro (Vale do Ribeira) já é difícil encontrarmos variedades de legumes e verduras, e nesse caso já me acostumei com as altas de preços que esses produtos costumam apresentar. Afinal, fatores como sazonalidade e distância do produtor interferem nesses valores de forma cíclica ao longo do ano, mas nos últimos meses o que tem mesmo me assustado é o aumento surreal de pães e derivados de leite. Como sempre gostei de cozinhar, tendo prazer em todo o processo de preparo, desde as compras (pense numa pessoa que passa horas, com alegria, dentro de um mercado) até o resultado final, tenho sempre uma boa noção de preços, me preocupo com o máximo aproveitamento dos alimentos e nessa fase da vida de pouca grana, mais ainda com a relação custo x beneficio x aproveitamento dos produtos que adquiro e consumo. Assim sendo tenho cada dia mais tentado e testado receitas que reduzam o custo e a quantidade de químicos e conservantes que ingiro e, como alguém que poderia muito bem ter nascido na França pra se alimentar basicamente de pães e queijos, tenho buscado alternativas para não abrir mão do consumo desses produtos, porém gastando menos e comendo mais saudável. Como??? Resgatando receitas e processos de preparo do tempo da minha avó...Minha queridinha da vez é a ricota caseira, extremamente fácil de se fazer, sem conservantes químicos (tudo bem, tem que ser consumida mais rápido, mas fica tão boa que vai acabar logo, anyway!), muito mais barata que o kg da mesma no mercado e você ainda tem a vantagem de deixá-la na textura de sua preferência. Para uma ricota mais sequinha, basta coar em um pano de algodão bem limpo, se quiser mais úmida, pode coar em uma peneira mesmo, eu uso uma de lavar arroz, um pouquinho mais fina...é só escolher.
Ricota caseira, feita pour moi!!! Essa está temperada apenas com azeite e sal

Essa receita eu tirei daqui: https://www.youtube.com/watch?v=AuOlO5PAsyA. Como moro sozinha, faço um litro de leite apenas por vez e uso a proporção de 40ml de coalho (limão ou vinagre) para um litro de leite, sempre priorizo o uso de leite "vivo" como diz minha amiga Laura...tetrapak está vetado do meu consumo...química pura!

Além da ricota que já dominou meu café da manhã (não tenho coragem de pagar o quanto estão cobrando em um requeijão), estou testando receitas de queijo cottage (quando eu conseguir o ponto aviso à todos), e hoje resolvi tentar meu primeiro pão da vida!!!
A massa a principio ficou bem bonita,
E agora está lá crescendo (em um dia frio e chuvoso??? Pus dentro do forno, ligado baixo e com a porta entreaberta) e ainda não tenho ideia de qual será o resultado, já que resolvi fazer sem receita, da forma mais intuitiva possível e utilizando o soro que "sobra" da receita da ricota na massa. Como não sei se vai dar certo, se rolar depois ensino pra quem quiser!!!
Não tenho a ilusão de que é possível abolir completamente o consumo de produtos industrializados, mas acredito, sim, que existem muitos, mas muitos mesmo, produtos que consumimos por praticidade e que na verdade são extremamente simples de serem feitos em casa, com ingredientes mais saudáveis, orgânicos, com menos sal, menos gordura...enfim. Nessa correria de hoje quem não mantém um "hamburguerzinho" congelado em casa pra hora do desespero??? E se eu te disser, que é muito fácil fazer um hamburguer muito melhor, mais gostoso e mais barato que também pode ser congelado e te salvar na hora da correria???
Pequenas mudanças nos nossos hábitos alimentares são mais simples do que imaginamos...e eu tenho pensado muito nisso nesse momento em que tenho tempo de sobra pra pensar...quem sabe essa ideia não cresce...você quer ter sua geladeira recheada de delicias práticas, rápidas e saudáveis? Não tem tempo ou não gosta de ir ao mercado? Não sabe fazer nada na cozinha??? Acho que eu posso lhe ajudar...talvez seja só uma questão de amadurecimento de uma ideia e um pouquinho mais de tempo...

Ps: o soro que sobra depois que a ricota for coada, pode substituir o leite ou a água em receitas de bolos, pães, massas de tortas, inclusive se não for usar na hora, pode congelar sem problemas!

sábado, 26 de abril de 2014

da culpa

Ultimamente tenho tido algum tempo livre, gasto pensando muitas coisas dentro dessa minha cabeça que nunca para (por mais que eu tenha tentado silencia-la, em doses homeopáticas de 5 minutos duas vezes ao dia pra começar o que eu espero se torne uma prática efetiva e disciplinada de meditação) e hoje me peguei pensando sobre a tal da culpa...afinal de contas o que é, de onde vem e porque nos apegamos tanto à ela???

Não pretendo responder a nenhuma dessa perguntas, mas nesse pensar  e pensar e pensar alguns caminhos me fizeram sentido...me faz sentido pensar que sentir e incorporar a culpa é só mais uma forma de nos vitimizarmos, de alimentarmos o ciclo de auto-piedade tão comum e cômodo nesse bicho gente que somos. Mais ou menos assim: eu errei feio, muito feio com alguém, reconheço esse erro, e me desculpo sinceramente mas, ao invés de assumir, me responsabilizar e lidar com as desagraveis consequências desse erro, ao invés de adaptar-me a essas consequências e seguir em frente, abraço a culpa e me sinto muito, muito mal pelo erro que cometi, por um tempo indeterminado, sinto a culpa, vivo a culpa, e passo o tempo apiedando-me de mim mesma por ter errado tanto e não poder voltar no tempo e fazer diferente e blá blá blá...e enquanto abraço a culpa a vida para, a vida passa e eu continuo alí, remoendo o passado, o erro, sentindo dó de mim, mais uma vítima da culpa.  Já fiz isso, provavelmente muitas vezes, hoje não faço mais. Todo mundo erra. Sem exceção. Reconhecer, se responsabilizar e lidar com o que vem depois do erro, com todas as consequências e desdobramentos causados por ele na minha vida e na dos demais envolvidos é o caminho que encontrei pra seguir e viver melhor com o que ainda está por vir, porque voltar no tempo e consertar a cagada não é mesmo possível. E abraçar a culpa e me fazer de vítima, é um comportamento que não me serve mais. O que me serve é abraçar um caminho leve e todo o universo de possibilidades que ele me traz.

Imagem: http://eduardocarvalho.net/a-anatomia-da-culpa/

sábado, 8 de março de 2014

Daqui para onde?

Em 30 horas e 40 minutos eu me jogo no mundo. Sim, já estou contando as horas e desde que comecei a contá-las elas não passam. A mistura de ansiedade, angustia, uma pitada de medo e absolutamente nenhuma certeza do que irá acontecer é tudo que cabe no peito agora...na verdade nem tudo...tem também uma saudade que veio pra ficar, e na qual eu parei de pensar pra ver se assim parava de doer.
Mais verdade ainda é que essa saudade foi o gatilho que faltava pra me dar o impulso de transformar uma pequena, mas constante, insatisfação latente em ação. Para aqueles que acham que sou louca e estou deixando tudo só por isso, vai um recado, ou melhor, dois: Primeiro, pouco me importa o que vocês pensam, já chorei e cicatrizei a ferida que me deram seus julgamentos e posso, agora, falar de peito aberto que POUCO ME IMPORTA O QUE VOCÊS PENSAM. Segundo: ninguém além de mim habita a minha pele, conhece meus gatilhos para o bom ou para o ruim, sabe onde dói meu coração ou a minha ansiedade, sonha meus projetos ou paga as minhas contas, então por favor, guardem pra si suas impressões sobre minhas decisões e sobre minha vida, suas experiências não servem pra mim...e se ainda assim me disserem que falam por que se importam, se preocupam ou sejá lá o que for, mais uma dica, um abraço, um sorriso e até um tapinha no ombro, demonstram mais cuidado e preocupação do que qualquer julgamento.
Em 30 horas e 25 minutos eu entro em um ônibus para Florianópolis  e depois disso só tenho mais uma certeza, a de que no dia 18 as 11h43 embarco em um vôo pra São Paulo. O que vai acontecer nesse meio tempo e depois disso é uma incógnita, é um universo inteiro de possibilidades.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

nunca mais, my hazel eyes...

Ele era o começo e o fim do meu dia, todo dia, há exatos 11 anos e cinco meses. Minha primeira atenção da manhã, meu primeiro bom dia, e sempre meu último boa noite. Ele era minha única rotina e por isso eu não quis sair da cama hoje de manhã. Acordei sem rotina. Ele era meu melhor convivio, meu melhor companheiro, meu maior amor. Agora ele simplesmente não é. Não está. E o espaço parece ter perdido o sentido. Eu assumi com ele um compromisso, sagrado, desde o dia em que o vi e o trouxe pra casa, um compromisso que ditou as minhas decisões de viagens, moradia e tantas outras...porque se não fosse bom pra ele não era pra mim. Sem ele, ficar aqui no mesmo lugar, não parece ter sentido. E agora que posso decidir por qualquer coisa ou qualquer lugar, sem ele eu não sei pra onde ir...nunca mais, seus olhos de avelã, a me seguir...

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

E a palavra que define é nojo

Segundo o dicionário Michaelis da lingua portuguesa: 
no.jo 
(ôsm (de enojar1 Enjoo, náusea. 2 Asco, repugnância, repulsa. 3 Mágoa, pesar, tristeza. 4 Tédio, aborrecimento. 5 Luto.
Tudo isso junto, todos os significados ao mesmo tempo definem meu atual sentimento em relação a uma parcela muito grande da humanidade. Em menos de uma semana as noticias que acompanho me fizeram sentir asco da espécie humana, tristeza por essa gente e tem me posto freqüentemente em luto pelas conseqüências de seus atos e discursos.Em menos de uma semana, mais uma especie foi declarada oficialmente extinta pela IUCN  (Diceros bicornis longipes), o caos no transporte publico de São Paulo causa revolta nos usuários que são tratados como vândalos por um governo fascista e sabidamente responsável pelas falcatruas que levam a esse mesmo caos e geram a revolta; e como se não bastasse, jovens brancos, de classe média, prendem  e torturam outro jovem, negro, pobre, ladrão (ou não, porque na verdade não faz a menor diferença) em "praça pública"  e já estão livres, fianças pagas, aguardando que a justiça seja feita (justiça?? pra quem???). Enquanto isso, essa parcela da humanidade que me enoja grita a altos brados que bandido bom é bandido morto, repete à exaustão uma longa lista de clichês que justifiquem suas posições de privilegio. Escuta, a verdade é que não importa se é branco, negro, pobre, classe média, ladrão, trabalhador, digo mais nem mesmo se  fosse um estrupador (o que pra mim é a pior categoria de crime que existe)  ninguém, absolutamente NINGUÉM tem o direito de fazer a outro ser humano o que fizeram com esse garoto no Rio. E isso deveria ser óbvio. E o fato de não ser óbvio me da medo...e nesse pé em que as coisas caminham, o que me sobra é uma vergonha profunda da r(e)aça humana.

sábado, 11 de janeiro de 2014

nem melhor nem pior

Já faz um tempo que li esse texto aqui, escrito por esse cara aqui, que vive em Amsterda. O texto é ótimo, põe a gente pra pensar...tanto que depois fica difícil não reparar no comportamento oposto, e tido como normal, que se repete diariamente na nossa sociedade brasileira. Esse comportamento arrogante e, no meu ver, completamente injustificado de se sentir mais e melhor do que o outro...seja lá quem for o outro. Essa mania de se achar muito especial porque tem esse ou aquele título, mais grana ou mais beleza do que o cara ao seu lado. Hoje em dia eu trabalho diretamente com o atendimento ao público no café que abri, e sinto isso na pele. E se já achava esse tipo de comportamento uma merda, agora, do outro lado acho ainda mais...quando vc paga por um serviço, seja ele qual for (a pessoa que limpa sua casa, cuida dos seus filhos, vende o café, cuida da sua saúde, atende vc em uma loja, conserta seu carro, faz seu importo de renda....não importa), isso não torna esse prestador menor que você. Não o torna seu empregado. Não lhe dá o direito de trata-lo com menos respeito, com julgamentos ou arrogância. Todas essas pessoas são necessárias para suprir uma necessidade, realizar uma tarefa do ou para outro que, por impossibilidade, incapacidade ou apenas falta de vontade, vai passar a bola para o prestador de serviço. Eu costumo dizer pra Sheila, a pessoa querida que cuida, por mim, da minha casa, que ela é minha salvadora. Ela me presta um serviço que não gosto de fazer e que também não tenho tempo...ela é minha parceira, ela me ajuda cuidando do meu espaço, ela me quebra um monte de galhos e eu os dela...eu sei da vida difícil que ela teve, eu admiro a mulher que ela é e a capacidade de trabalho que ela tem, e não é o quanto ela estudou, o que ela tem (e certamente ela tem mais e ganha muito mais que eu, não há dúvida!) ou o serviço que ela presta que a definem. Sou grata a ela pelos anos de cuidado que ela tem tido comigo, com meu cachorro e com a minha casa. E daí que eu tenho um diploma e sou dona de um café? Continuo não sendo mais que a Sheila, nem ninguém. Não estou aqui tentando fazer pose de perfeita, também faço julgamentos precipitados, tenho o péssimo defeito de me julgar muito inteligente e às vezes me pego "me sentindo" grande coisa mas hoje eu me esforço pra identificar e bloquear esse comportamento, e mesmo que eu não consiga impedi-los pra sempre, e sei que não vou, eu durmo um pouco mais tranqüila por saber que estou tentando.