terça-feira, 3 de novembro de 2015

Não sou de meias palavras.
Nem de meias verdades.
Nem de meias vontades.
Essa vida é por demais
De abundante
Para não ser vivida por inteiro.
Não tenho nessa vida
Nada de meu.
Nada que se quantifique em dinheiro.
Nada de bens.
Nada de reservas,
Nada de matéria.
O que carrego nessa vida
Não se pode pegar com as mãos.

terça-feira, 16 de junho de 2015

Vamos falar de escolhas?


Semana passada, enquanto uns estavam focados no dia dos namorados, em planos e romances, eu aproveitei a data para visitar a Biofach Brasil 2015.
Fiquei sabendo do evento através de um amigo, quis ir por mera curiosidade e valeu cada minuto de caminhada dentro dessa feira enorme e cheia de novidades pra quem, como eu, quer abrir seu leque de opções na hora de escolher o que e como consumir melhor.
A feira de produtos orgânicos e agroecologia, reuniu muitos mais do que isso. Sim, tinha todo tipo de produto orgânico que vc imaginar, cosméticos, alimentos, brinquedos, (sim, brinquedo!!!) roupas, suplementos...inclusive encontrei um pasta de dente sem fluor que estava procurando faz tempo...adorei! Mas, mais que isso, lá encontrei muita gente. Gente que por estar em um lugar como esse me faz ver que estamos repensando, de verdade, nossas escolhas de consumo.
Às vezes fico achando que a chatice é minha, de querer uma pasta sem fluor, um xampu sem sal e parabenos, saber de onde vem a minha comida e quão tóxica ela é...e aí percebi duas coisas: a primeira é que não, não estou sozinha nessa preocupação...ou melhor, nunca achei que estivesse sozinha, mas na verdade pude ver que somos muitos, muitos mesmo. E a outra é que se somos tantos revendo nossa escolhas, e que se há oferta para suprir essa novas escolhas, e ainda que se essa oferta vem de pessoas, famílias, empresas (grandes ou não) interessadas em produzir de forma natural e menos impactante e com mais qualidade, minhas escolhas de consumo alimentam esses produtores mais conscientes e esses produtores mais conscientes, alimentam minhas escolhas de consumo mais consciente e...voi là!!!! Nós, enquanto consumidores, mesmo que a passos pequenos ou lentos, podemos sim, mudar o mundo!!!
Não vou ser hipócrita, essa é uma mudança de hábitos que não acontece de um dia pro outro. Não, eu não consumo 100% de orgânicos (infelizmente). Não, eu ainda não compro todas as minhas roupas direto de quem as faz, mas busco por isso sempre que posso, e deliberadamente boicoto algumas marcas. E um dia por vez, vou reavaliando e repensando meu consumo em termos de quantidade, qualidade e até de produção de lixo...tudo interligado!
Tem muita coisa bacana rolando por fora do sistema que conhecemos. Procure saber de onde vem os produtos que vc consome.
Afine as suas escolhas com aquilo que vc acredita.
É só uma ideia.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Acaso?? Não, Obrigada.

Acaso: s.m. Causa fictícia de acontecimentos que aparentemente só estão subordinados à lei das probabilidades.
Acontecimento imprevisto.

Cada vez menos acredito nessa definição...
Cada vez mais acredito que toda pessoa ou situação que cruza nosso caminho tem, na verdade, um papel bem específico, uma razão definida, traz em si uma chance de nos tornar melhor. O caso é que a gente não vê a sutileza de toda essa trama. E eu, procurando cada vez mais enxergar a manifestação do sutil por trás da matéria, já sei de uma coisa: não acredito em coincidências, mas sim na sincronicidade.
Há uma ano trás comecei a remexer minha vida, a mudar tudo. Mas as maiores mudanças não estão acontecendo nesse plano físico, são internas. É uma mudança de olhar e de percepção. Desde o inicio dessa movimentação muitas novas pessoas, criando muitas e novas situações, estão aparecendo. Pessoas e situações que carregam em si, o que pra mim são provas mais do que suficientes dessa sincronicidade e sutilezas que tenho buscado observar...que sempre estiveram lá, mas que só agora consigo perceber.
Eu bem sei que, nesse exato momento, escrevo isso apenas para mim, pra clarear as minhas ideias, pra tentar descobrir o que, eu mesma, tenho que aprender nesse momento da minha vida... E eu sei que há algo a ser aprendido. Ainda não sei o que é.
Eu também sou capaz de ver o movimento. As pessoas e situações com, e nas quais esse aprendizado está sendo incubado, mas ainda não sei o que é...
Eu sinto como se estivesse a um passo de romper algum dos grandes padrões de comportamento que venho carregando, pesado, pela vida...não sei qual deles, mas me parece muito claro que estou na beira do "turning point". É bem possível que seja dolorido, como todo processo de auto-conhecimento, mas dessa vez sinto chegar essa mudança. Não serei pega de surpresa e, na verdade, estou correndo a passos largos em direção à ela. Sei também que apesar dessa consciência, ainda ando metendo os pés pelas mãos e pessoas chave nesse desenvolvimento, que por razões ainda não muito claras gostaria que permanecessem indefinidamente na minha vida, talvez estejam mesmo só de passagem, sejam apenas vetores desse movimento, e saber disso me permite desde já exercitar o desapego e a gratidão.

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

matéria ou consciência?


Eu acredito, e por acreditar é assim que tenho conduzido minha vida nos últimos anos, que tomar consciência dos nossos padrões de comportamento é o primeiro, e essencial, passo para promover mudanças internas e assim, alterar para melhor o que somos e construimos nessa vida.
Mudam-se os padrões, abrem-se infinitas possibilidades.
Mas, e quando mesmo conscientes desses padrões negativos de comportamento, a gente ainda se pega repetindo e agindo e reagindo da mesma forma, que sabidamente não vai nos conduzir àquilo que é novo e tão desejado?
Por que, em determinadas situações, é tão difícil encontrar a chave que desliga a auto-sabotagem? Sabe aquela coisa de "quando viu, já foi"?
Falta um lampejo de reconhecimento da (re)ação a ser repetida, um segundo antes da resposta automática de anos e anos ser ativada. Mas o lampejo não vem. E mais uma vez, ao invés das novas e infinitas possibilidades, fica o incomodo e a frustração.
Eu já acreditei e desacreditei tantas vezes em deus, naquele das religiões, cercado de mistérios, dogmas, quase inacessível, por ser sempre externo a mim. E foi onde eu menos esperava que a espiritualidade passou a fazer sentido. Foi na faculdade que conheci meu primeiro guia nessa caminhada, estudando física (veja só você, que contraditório...afinal ciência e religião não conversam não é mesmo?) e a partir daí me enxergando como parte ativa e indivisível do divino, que não está fora, e sim dentro de mim, comecei a entender o que as filosofias orientais ensinam, a mais de 5000 anos.
Entendi que não é a matéria, e sim a consciência,  que cria e transforma a realidade.
E entendendo isso, ficou fácil acreditar novamente. Entendendo isso, percebi que eu sou parte determinante da minha própria realidade. Entendi que não há salvadores ou culpados externos a mim. O que há é a responsabilidade de aceitar e lidar com as consequências daquilo que minha própria consciência cria e transforma.
Sinceramente, esse caminho não facilita as coisas...é muito mais facil esperar e desejar ser "salvo" por algo ou alguém fora de nós mesmos. É muito mais fácil buscar culpados. É muito mais fácil se vitimizar quando as coisas na nossa vida não dão certo...é díficil olhar para dentro. Dolorido.
Porém, libertador.