terça-feira, 13 de janeiro de 2015

matéria ou consciência?


Eu acredito, e por acreditar é assim que tenho conduzido minha vida nos últimos anos, que tomar consciência dos nossos padrões de comportamento é o primeiro, e essencial, passo para promover mudanças internas e assim, alterar para melhor o que somos e construimos nessa vida.
Mudam-se os padrões, abrem-se infinitas possibilidades.
Mas, e quando mesmo conscientes desses padrões negativos de comportamento, a gente ainda se pega repetindo e agindo e reagindo da mesma forma, que sabidamente não vai nos conduzir àquilo que é novo e tão desejado?
Por que, em determinadas situações, é tão difícil encontrar a chave que desliga a auto-sabotagem? Sabe aquela coisa de "quando viu, já foi"?
Falta um lampejo de reconhecimento da (re)ação a ser repetida, um segundo antes da resposta automática de anos e anos ser ativada. Mas o lampejo não vem. E mais uma vez, ao invés das novas e infinitas possibilidades, fica o incomodo e a frustração.
Eu já acreditei e desacreditei tantas vezes em deus, naquele das religiões, cercado de mistérios, dogmas, quase inacessível, por ser sempre externo a mim. E foi onde eu menos esperava que a espiritualidade passou a fazer sentido. Foi na faculdade que conheci meu primeiro guia nessa caminhada, estudando física (veja só você, que contraditório...afinal ciência e religião não conversam não é mesmo?) e a partir daí me enxergando como parte ativa e indivisível do divino, que não está fora, e sim dentro de mim, comecei a entender o que as filosofias orientais ensinam, a mais de 5000 anos.
Entendi que não é a matéria, e sim a consciência,  que cria e transforma a realidade.
E entendendo isso, ficou fácil acreditar novamente. Entendendo isso, percebi que eu sou parte determinante da minha própria realidade. Entendi que não há salvadores ou culpados externos a mim. O que há é a responsabilidade de aceitar e lidar com as consequências daquilo que minha própria consciência cria e transforma.
Sinceramente, esse caminho não facilita as coisas...é muito mais facil esperar e desejar ser "salvo" por algo ou alguém fora de nós mesmos. É muito mais fácil buscar culpados. É muito mais fácil se vitimizar quando as coisas na nossa vida não dão certo...é díficil olhar para dentro. Dolorido.
Porém, libertador.