quinta-feira, 30 de outubro de 2008
!
É uma vontade recorrente
Como se eu pudesse
Um dia
Renascer em versos
Dispersos
Esparsos
Em uma folha
Vazia.
Faxina
Dia de ficar quieta
Remoendo a idéia fixa
Enquanto acontece a faxina.
Pelo menos o espaço físico
Há de começar a semana
Limpo!
Já que a cabeça, que é bom,
Continua mastigando
O inevitável
E espalhando no espaço infinito
As suas migalhas.
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
resumindo
do canto
que ecoa
da garganta
espantando
todos os males
que habitam
fundo a minha alma...
resumindo,
preciso cantar mais!
terça-feira, 21 de outubro de 2008
piove...
entre o cinza e o verde.
um cinza carregado de chuva
contagioso
contagiada
pelas cinzas nuvem que nunca partem,
e um verde de mofo
úmido
incomodo
insosso...
me devolvam o sol
sobre a minha cabeça
e o vento no meu rosto
cansei da fria e fina chuva,
que insiste em me aporrinhar.
domingo, 19 de outubro de 2008
de pato pra ganso
ou não,
ja que música não deixa de ser uma forma de poesia
segue uma letra, da qual gosto muito:
No sun will shine in my day todayBob M.
(No sun will shine.)
The high yellow moon won't come out to play
(Won't come out to play.)
Darkness has covered my light (and has changed,)
And has changed my day into night
Now where is this love to be found, won't someone tell me?
'Cause life, sweet life, must be somewhere to be found, yeah
Instead of a concrete jungle where the livin' is hardest
Concrete jungle, oh man, you've got to do your best, yeah.
No chains around my feet, but I'm not free
I know I am bound here in captivity
And I've never known happiness, and I've never known sweetcaresses
Still, I be always laughing like a clown
Won't someone help me?
Cause, sweet life, I've, I've got to pick myself from off the ground, yeah
In this here concrete jungle,
I say, what do you got for me now?
Concrete jungle, oh, why won't you let me be now?
I said life must be somewhere to be found, yeah
Instead of a concrete jungle, illusion, confusion
Concrete jungle, yeah
Concrete jungle, you name it, we got it, concrete jungle now
Concrete jungle, what do you got for me now
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Tudo vira poesia
Tudo vira poesia
Basta olhar em volta
Pensar em reviravolta
Dia e noite
Noite e dia
Apenas um olhar
E lá está a poesia!
Adoro abraço
Odeio pisar de meia no chão molhado
Adoro tomar banho
Odeio esperar
Adoro meus amigos
Odeio gente mal educada
Adoro cozinhar
Odeio que dêem palpite na minha cozinha
Adoro morar na praia
Odeio calor que não tem fim
Adoro ficar envolta em meio liquido
Odeio ficar cheia de areia
Adoro ter razão
Mas não tenho medo de errar
Nem de me desculpar sempre que preciso
Adoro aspargos, mascarpone, gorgonzola, vinho, lareira, namoro...
Adoro minha profissão
Odeio não trabalhar nela como esperava
Adoro Caos, Fractais, Física Quântica, O fim das certezas
Odeio o Cartesianismo vigente
E assim sucessivamente...
Outro presente
Uma Paulistinha
(de Bernardino Fialho – Mestre tio Neno)
Conheci uma paulistinha
Que me deixou impressionado
Achei que tinha sonhado
Mas era realidade
Ela ali na minha frente
Me olhando sorridente
Então vi: era verdade!
Escuta bem, minha amiga
Isto que dizer-te
Foi muito bom conhecer-te
Me trouxeste alegria
Pois eu, este gaucho rude
Fiz tudo, tudo que pude
Fiz até uma poesia.
Pense bem cara Heloisa
E escute bem o que eu digo
Se precisar deste amigo
Na hora da aflição
Eu estarei ao teu lado
Lutando desesperado
Segurando a tua mão.
Eu quero te ver assim
Sempre alegre e contente
Com teu sorriso transparente
Com esta tua simpatia
É ela que me acalma
Que conforta a minha alma
Faz da vida esta alegria.
Depois que te conheci
O mundo mudou de cor
A vida tem mais valor
E a culpa é toda tua
Já não sei mais o que eu faço
Eu penso no teu abraço
E perambulo na rua.
Pra falar a verdade
O teu abraço apertado
Me deixou desesperado
Sem entender a razão
O teu sorriso menina
E a tua alma cristalina
Roubaram meu coração.
Infância
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quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Voltando...
ainda tem muito a ser postado por aqui!
Voltem sempre!
2003
Não quero ir
Mas também não quero ficar
Quero sumir
Por um instante de todo e qualquer lugar
Estou perdida
Dentro da minha própria cabeça.
2003
Quanto mais perto chega o momento
De te encontrar
Mais o tempo se arrasta
Nas costas de uma tartaruga
Daquelas mais lentas
Que o próprio tempo.
Mar/02
De um bem querer
Que não se acaba
Um querer tanto
Que mal se fala
Querer-te corpo
Querer-te sexo
Querer-te alma
Querer bem
Querer-te tão bem
Querer-te meu bem
1996
Eu não a notaria
Deixaria que passasse por mim
E me poria a observá-la
Cada rosto
Cada detalhe
Cada ruído...
Nada me escaparia.
Para quem sabe mais tarde,
Ao notar ter perdido a chance de vivê-la
Poder relembrá-la
(sem sentidos)
Em cada detalhe
Cada rosto
Cada ruído.
Jul/96
Não sei...
E tão pouco me empenho em explicá-lo
Vivo-o e mais nada.
Vivo-o como quem brinca de roda,
Canta ciranda e
Sorri à toa.
Vivo-o como quem abre os olhos e vê
Abre o coração e sente!
O calor que irradia do sol.
Vivo-o como uma criança
Que por não ter pudores na sua inocência
Percebe mais facilmente
A beleza de cada dia
Cada gesto, cada brisa que toca seu rosto.
Vivo-o e mais nada!
Ago/96
Dizer o que penso
Sem mentiras
Sem medos
Sem hesitação
Provavelmente ficaria muda.
Pensar não é viver
Quem pensa muito não vê
O mundo a sua volta
E vive num mundo de
Inverdades
De pensamentos.
1995
# Quando estou ao seu lado. Perco a razão e a noção do tempo, perco o medo e até os sentidos.
# Quando não estou ao seu lado. O mundo vira de cabeça pra baixo, meu pensamento se volta para você e eu não sei mais o que é real.
# E finalmente, quando tenho que esperar – dias ou horas – para estar ao seu lado. Eu odeio esperar!
1995
Não sabia ao certo o que sentia não sabia se você
também me amaria
Ou se iria me censurar.
Não sabia se te queria ao meu lado
Vivendo comigo ao sabor do pecado
Tendo como dever apenas me amar.
Set/96
Uma música que soa como o riso
De todos os homens
Clara como o olhar de todas as crianças
Uma música leve
De uma alma perdida
Que canta clamando por atenção
Uma nota solitária que se deixa levar pelo vento
A lugares distante
Onde quem sabe
Um coração a escute
E se entristeça.
Set/96
Corrompe meu peito
Esfria-me o coração
Estou cansada.
Sinto o vazio tomar-me
Aos poucos...
Uma tristeza sem medo
Se aproxima
Se faz sentir
Se impõe em mim
Ela não me desagrada
Não me incomoda
Apenas me acompanha
Por caminhos, às vezes,
Escuros, às vezes,
Distantes, às vezes
Sem fim.
Set/96
Caminham com ele meus pensamentos
Se deixando ficar
Em lugares cada vez mais distantes
Não me preocupo em procurá-los
Pensamentos não me fazem falta
Eles brotam em mim
Como e erva no jardim
E me entristecem
Pois roubam da minha mente
A dimensão da poesia.
1996
Com o caos em tuas mãos
Deixaste o caos na terra e
Arrasaste um coração
Não eras pessoas sincera
Agias como um tufão
Um pé de vento
Soprando velas
Deixando um peito na escuridão.
1997
Eu continuo sentada
Olhando para o teto
A lhe esperar.
O telefone?
Não toca!
A musica?
Acaba!
E eu?
Aqui. Feito idiota
Vendo a vida passar.
Jul/97
Vontade de vida
Vontade de corpo
De alma
De sexo
De amor
De tesão!
Vontade de loucura
De descobrir alguma cura
Para a civilização
1996
Tão louca e espontaneamente
Tão dadivosa e antropofagicamente
De um jeito impossível de se explicar
Diga-me porque eu te quero como quero
A todo instante a cada momento
No corpo no pensamento
Sentindo tua mão a me acariciar
Diga-me porque te amo, te quero, te desejo
Te espero
A cada toque , a cada olhar.
terça-feira, 7 de outubro de 2008
coisas antigas
Hoje em dia não gosto muito dessas poesias antigas, prefiro o que tem nascido hoje, mas ainda assim vale o registro...
Jul/96
Perdido na intimidade de meu toque
Porque cresceste para o mundo
Fugindo para longe de minh’alma
Porque partiste sem rumo
No trem solitário do destino
Porque te amo tanto
Ainda que me abandones a cada minuto
Levo-te no peito sangrando um coração sombrio e mudo
à la Vinicius
O vazio penetrando por meus poros
Resta esse indizível pesar
Essa angustia diante do próximo instante
O próximo ato
Trará ou não uma dor maior?
Resta essa tristeza tímida
Que cresce aos poucos
Sonha em tomar minh’alma
E junto a ela
Essa pequenina luz, que brilha pálida
E a qual eu me esforço para ter como esperança
Resta essa incapacidade de saber o que tomar por verdade
Esse desejo de querer conhecer a tudo e a todos
E abandonar a mim mesma.
Set/96
trilhos urbanos
De uma cidade em caos
Milhares de rostos desfilam perdidos
A cada minuto
Rostos simples
Com esperanças vazias
Cheios de dor
Transbordando na alma
A insana alegria
Do pequeno amor à vida.
Sobre os trilhos urbanos
De uma cidade em chamas
Milhares de rostos se perdem
Se amam
Se odeiam
Se perdem na alegria digna de seus sucessos
Se amam na intolerância cega de seus temores
Se odeiam,
Mortos,
No inferno de seus fracassos.
1995
Cananéia
Tua beleza rara
Teus dias de sol acompanham-me.
No cotidiano da metrópole
Na frieza dos prédios de apartamentos
Tua paz me acompanha.
Acompanham-me tuas pedras irregulares
Tua despojada igreja
Teus coqueiros e paisagens.
A tua história acompanha-me.
Confunde-se com a minha.
E nesse misto de saudade e desejo
De passado e mistério
Entrego-te minha vida
Para que eu possa, enfim
Amanhecer em paz.
1995
Maioridade
Transmite a ti uma pequena paz
Talvez um sossego ou um desengano
De que a vida pudesse ser-te mais
Quem sabe agora ao esboçar teus planos
Construas apenas sonhos frugais
Quem sabe agora o que a vida te traz
É um amor, um caminho plano
Desejo a ti a alegria infinita
Uma luz brilhando em todo teu viver
O desabrochar da rosa tímida
Que após liberta te fará crescer
Que tua noite nunca seja pálida
E tua vida um eterno alvorecer
Mai/97
quem sabe?
Restabeleça-me a consciência
Quem sabe a dor
Crie em mim a alegria
Quem sabe a guerra
Me ensine a conquistar a paz.
Nov/97
ago/97
Do mesmo modo que respiro
Escrevo como se fosse natural e simples
Rabiscar símbolos e imprimir pensamentos
Em uma folha em branco.
Escrevo como se caminhasse pelo mundo
E deixasse marcadas as minhas pegadas
Pelas estradas percorridas
As palavras aparecem sem ser notadas
Tal e qual as minhas pegadas.
E vão se deixando ficar para trás
Como o meu rastro na areia
Esperando que venha o vento
E as desfaça
nov/97
Destrói minhas ilusões
Entristece minha alma
Faz-me sentir a consciência se esvaindo
Esfria-me os pensamentos
Cada gota de chuva que insiste em cair sobre a cidade
Rouba-me o calor do sol
Perde-me
Cada gota de chuva que se desfaz sobre mim
Soneto no. 1
E roubaste meu coração vadio?
De uma forma simples,insuspeitada
E partiste deixando-me o vazio?
Quem és tu, que me queres como amada
Durante a solidão de um dia frio?
E depois me deixas abandonada
Às ilusões que a todo instante eu crio
Quem és? Que diz me amar a todo custo
Sem ao menos saber o que é amar
Diga-me apenas se é a ti que busco
Ou quanto ainda devo procurar
Diga que me ama, sem medos, sem sustos
Para que eu possa enfim me entregar.
Set/97
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
recuperando...
Muita coisa se perdeu, outras tantas foram presentes dados aos amigos, desses ultimos nem cópia tenho...mas ainda há muito o que postar por aqui...
espero que gostem!
espero que voltem pra ver as novidades...
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
hoje
Ganhei de presente
VIDA POIESIS
INSPIRADOS
POEMAS DE UMA
MENINA BIÓLOGA
PARABÉNS HELÔ
GUERREIRA
QUE DEFENDE COM CANTOS E TAMBORES
SUAS TERRAS E SUAS ÁGUAS
BEIJO DA JACQUE
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP
VALE DO PARAÍBA
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
Paixão
escrita
falada
contada
lida
cantada
esquecida
vislumbrada
não importa a forma
desde que
POESIA.
inspirada
Hão de vir
momentos
que a vida não explica
conversas
que a vida não justifica
e amizades
que se formam
em pequenos
e simples
e puros
instantes
inexplicáveis
injustificáveis
porém
irremediavelmente
inesquecíveis
por todo o resto de vida
que há de vir.
Hilda Hist
"Nao é verdade
Nem tudo foi terra e sexo
No meu verso
Se sou poeta
É porque sei também
Falar muito de amor
Suavemente
E sei como ninguém
Afagar
A cabeça de um cao
Na madrugada"
Latência
à s vezes
ela adormece
se esconde
e se esquece
de nascer
na minha mente
mas um dia
de repente
surge como onda
louca
em jatos
de ideias
e palavras
fugidias...
pedindo pra se tornarem
escritas
e quando isso acontece
nunca tenho à mão
uma caneta
e se perde então
mais uma poesia
escrita apenas
na memória
TPM
É tudo tao estranho,
nao consigo entender
de onde vem
tamanha tristeza...
nao faz sentido...
Tá certo que coisas chatas tem acontecido,
mas também...c'est la vie!!!
nem tudo sao rosas em todas as vidas,
mas por que se afetar ,enfim
por que sentir esse incomodo
essa dor?
nao faz sentido,
nao tem razao,
nao ha motivo,
mas ainda assim
há essa tristeza profunda
que insiste em me acompanhar.
movido a vento
Falta poesia
Sobra tempo
Falta vento
Cata a ventania
Rola no chão
Um monte
De versos
Dispersos
Mas onde está
A poesia?
pensando na Cris
mudança
despedida
te mperar
a vida
com novos
ares
aromas
romãs
e amores
É tempo do novo
começar de novo
tentar de novo
reconstruir
a casca
mas não sem antes
sair do ovo.
conjugando
Quero o
Sol
Desejo
O
Mar
O
Amar
Ve rsar
Cantar
Criar
Ou então
Qualquer
Outro verbo
Da primeira
Conjugação
carnaval, carnaval, carnaval...eu fico triste quando chega o carnaval ( Luiz Melodia)
Sexta -feira
O carnaval já está
Na rua.
A música?
Ruim!
Se é que é música...
Prefiro o silêncio
Não absoluto,
Afinal,
Os grilos e as rãs
Não se calam
Nas noites
Nem de sexta-feira
Nem de carnaval.
pensando na vida...
São tantas
as coisas
que a vida
não explica.
Desencontros
e encontros
Verdades
ditas
e não ouvidas
mentiras
faladas
que viram
verdades
ditas
e
desencontradas.
quem sou eu?
e apura
a poesia mal cozida
e encruada
nessa aflição continuada
de descobrir, deveras, quem sou
bióloga
poeta
educadora
cozinheira
"Escolho logo,existo"
mas não escolho enfim
apenas insisto
em ser tudo e mais um pouco
dentro do muito que sou.
Griot
de sumir um dia
virar quem sabe
a mais bela poesia
que alguém ousou
jamais compor
e como sombra
de alguém vivido
sobreviver
nas histórias
ao pé do ouvido
na memória
de um velho griô.
mas aí...
... a noite caiu
junto com a chuva
que insistia em não parar
as borboletas também não paravam
e ambas
borboletas e chuva
só sossegaram depois de te ver chegar
tristes dias
Amanheci de mãos dadas
com a melancolia
triste dia de sol
que mais parece
cinzas nuvens
sem poesia
ser o que?
queria
assim
um certo
dia
virar poesia
daquelas
que quando
se lê
deixa em cada
ser
aquele
sorriso
no
canto
dos olhos.