"Não acredito em cozinheira magra, nem em artesão gordo"Li essa frase esses dias no perfil de um amigo artesão e não pude deixar de discordar. Não que eu, enquanto cozinheira (nem como bióloga o fui, rs!), seja uma pessoa magra, não mesmo!! Se for baseado no padrão social, então?? Muito menos!!! Mas posso dizer que sou alguém confortável comigo mesma, com a minha casca. E ainda, cada vez mais confortável em me assumir como cozinheira, sim! Cheff, não!! Porque a distinção? Porque cozinhar pra mim é algo intuitivo, é de família. Sou a quarta geração de uma família onde homens e mulheres cozinham bem, com gosto e prazer, fazendo disso seu ganha pão, ou não. Minha bisa fazia os melhores doces do mundo, minha avó tem restaurante há mais de cinquenta anos, meus pais, minha tia, todos já viveram disso em algum momento da vida, meu irmão é um cozinheiro requintado e de mão cheia, e eu depois de muito relutar, tenho aos poucos assumido a cozinha como estilo de vida. Nunca fiz um curso (só de Barista) mas tenho confiança no meu instinto culinário, e sendo assim cozinho "de um tudo", do picadinho ao cordeiro, do camarão com chuchu à lagosta, da carne moída à rabada... Nos últimos meses, tendo passado cada vez mais tempo na cozinha, o que percebo é que quanto mais tempo passo cozinhando, por melhor que seja o que eu faça, menos eu como. Daí a discordância com a frase lá do início do texto! E o que é ainda pior, acabo me alimentando mal. Deixo pra comer alguma coisa depois que tiver terminado a meta de produção do dia (muitas encomendas em vista e planos de entregar definitivamente os quitutes em Sampa) o que em um dia como hoje significou tomar café da manhã às 8h e almoçar só as 16h da tarde!!! Para evitar isso, hoje além de produzir o que não é pra mim, resolvi já dar um adianto em umas comidinhas que me bastem pra semana, e nessa minha chatice atual de não consumir temperos prontos, conservantes e químicos em geral, fazer essas comidas acaba sendo sempre um pouco mais demorado mas, o resultado sempre vale à pena. Sendo assim hoje enquanto preparava mais uma encomenda de quiches, aproveitei pra fazer pão (sem farinha branca, cheio de grãos!) um almocinho rápido e já deixei cozinhando uma Brachola para amanhã. O resultado??? Perfeito!!!
Pro almoço, usei sem dó meu restinho de Dijon para fazer tirinhas de frango com ervilha torta em molho de mostarda e mel, acompanhado de quinoa, olha aí:
Enquanto as quiches assavam, aproveitei pra preparar uma brachola:
e um pão que vai acompanhar a ricota caseira, já pronta!
No final das contas esse foi um mês produtivo na cozinha, para me alimentar melhor,
Ganhar um dinheirinho:
Ou só pra alegrar os amigos:
E assim parando de negar o pé (e todo o corpo) na cozinha, lá vou eu para mais uma empreitada. De volta à Sampa, em muito breve, e ideia é cozinhar para mim e para quem mais quiser...com muito amor, muito cuidado pelo que se come e tudo, sempre, o mais natural e feito em casa possível. Pode me convidar parar jantar, que eu cozinho!! Mas não lavo, rs!!
2 comentários:
Curti muito, Helô!
E digo com muita certeza que esse amor que vc coloca é um tempero maravilhoso, não?!
Sou fã! De vc e das delícias que vc prepara!
Boa sorte! =)
seguir nossa intuição é o melhor que podemos fazer nessa caminhada... melhor pra nós e pra quem tá em volta. e no seu caso, com a barriga e o coração cheios de amor. muita gratidão pela sua companhia nessa caminhada e que essa vida nos alimente sempre do bom e do bem :) amo-te!
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