quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Voltando...

aos mais recentes...acredito que se acabou a enxurrada de poesias entigas e desgastadas pelo tempo, a meu ver. Vou voltar a postar os escritos mais recentes e, hoje em dia, mais queridos...por que será que sempre resta uma pontinha de vergonha do passado...não posso nem lembrar das roupas que eu usa em 1989! E de alguma forma essa sensação contaminou minhas poesias mais antigas...mas, borá lá!
ainda tem muito a ser postado por aqui!
Voltem sempre!

2003

Sensação estranha
Não quero ir
Mas também não quero ficar
Quero sumir
Por um instante de todo e qualquer lugar
Estou perdida
Dentro da minha própria cabeça.

2003

As horas não passam...
Quanto mais perto chega o momento
De te encontrar
Mais o tempo se arrasta
Nas costas de uma tartaruga
Daquelas mais lentas
Que o próprio tempo.

Mar/02

Querer-te tanto
De um bem querer
Que não se acaba
Um querer tanto
Que mal se fala
Querer-te corpo
Querer-te sexo
Querer-te alma
Querer bem
Querer-te tão bem
Querer-te meu bem

1996

Se hoje a vida me chegasse sorrindo
Eu não a notaria
Deixaria que passasse por mim
E me poria a observá-la
Cada rosto
Cada detalhe
Cada ruído...
Nada me escaparia.
Para quem sabe mais tarde,
Ao notar ter perdido a chance de vivê-la
Poder relembrá-la
(sem sentidos)
Em cada detalhe
Cada rosto
Cada ruído.

Jul/96

O que é o amor?
Não sei...
E tão pouco me empenho em explicá-lo
Vivo-o e mais nada.
Vivo-o como quem brinca de roda,
Canta ciranda e
Sorri à toa.
Vivo-o como quem abre os olhos e vê
Abre o coração e sente!
O calor que irradia do sol.
Vivo-o como uma criança
Que por não ter pudores na sua inocência
Percebe mais facilmente
A beleza de cada dia
Cada gesto, cada brisa que toca seu rosto.
Vivo-o e mais nada!

Ago/96

Se me fosse possível
Dizer o que penso
Sem mentiras
Sem medos
Sem hesitação
Provavelmente ficaria muda.
Pensar não é viver
Quem pensa muito não vê
O mundo a sua volta
E vive num mundo de
Inverdades
De pensamentos.

1995

Existem 3 situações no mundo capazes de me tirar do sério:
# Quando estou ao seu lado. Perco a razão e a noção do tempo, perco o medo e até os sentidos.
# Quando não estou ao seu lado. O mundo vira de cabeça pra baixo, meu pensamento se volta para você e eu não sei mais o que é real.
# E finalmente, quando tenho que esperar – dias ou horas – para estar ao seu lado. Eu odeio esperar!

1995

Quando comecei a te amar
Não sabia ao certo o que sentia não sabia se você
também me amaria
Ou se iria me censurar.
Não sabia se te queria ao meu lado
Vivendo comigo ao sabor do pecado
Tendo como dever apenas me amar.

Set/96

Uma música suave acaricia meus ouvidos
Uma música que soa como o riso
De todos os homens
Clara como o olhar de todas as crianças
Uma música leve
De uma alma perdida
Que canta clamando por atenção
Uma nota solitária que se deixa levar pelo vento
A lugares distante
Onde quem sabe
Um coração a escute
E se entristeça.

Set/96

A dor dilacera minha carne
Corrompe meu peito
Esfria-me o coração
Estou cansada.
Sinto o vazio tomar-me
Aos poucos...
Uma tristeza sem medo
Se aproxima
Se faz sentir
Se impõe em mim
Ela não me desagrada
Não me incomoda
Apenas me acompanha
Por caminhos, às vezes,
Escuros, às vezes,
Distantes, às vezes
Sem fim.

Set/96

Conforme caminha o mundo
Caminham com ele meus pensamentos
Se deixando ficar
Em lugares cada vez mais distantes
Não me preocupo em procurá-los
Pensamentos não me fazem falta
Eles brotam em mim
Como e erva no jardim
E me entristecem
Pois roubam da minha mente
A dimensão da poesia.

1996

Desceste para o mundo
Com o caos em tuas mãos
Deixaste o caos na terra e
Arrasaste um coração
Não eras pessoas sincera
Agias como um tufão
Um pé de vento
Soprando velas
Deixando um peito na escuridão.

1997

Por que você não vem?
Eu continuo sentada
Olhando para o teto
A lhe esperar.
O telefone?
Não toca!
A musica?
Acaba!
E eu?
Aqui. Feito idiota
Vendo a vida passar.

Jul/97

AH! Vontades...
Vontade de vida
Vontade de corpo
De alma
De sexo
De amor
De tesão!
Vontade de loucura
De descobrir alguma cura
Para a civilização

1996

Diga-me por que eu te amo como amo
Tão louca e espontaneamente
Tão dadivosa e antropofagicamente
De um jeito impossível de se explicar
Diga-me porque eu te quero como quero
A todo instante a cada momento
No corpo no pensamento
Sentindo tua mão a me acariciar
Diga-me porque te amo, te quero, te desejo
Te espero
A cada toque , a cada olhar.