segunda-feira, 13 de junho de 2016

A violência diz mais sobre quem agride...

Do que sobre quem é agredido.

Violência não é argumento. Violência não é justificativa. Violência não é solução. Violência não é cura.
Ao meu ver, a violência diz muito mais sobre quem agride, do que sobre quem é agredido. Se uma pessoa se dá ao trabalho atacar física e verbalmente alguém, seja dando escândalo na rua ou matando 50 pessoas em uma boate,  o que eu entendo é que por traz de qualquer motivo que essa pessoa repita para si mesmo como válido ou justificável, o que há de verdade é uma carga passional, seja de ódio ou seja de amor. Há dor, há ferida, há frustração em quem agride, isso não pertence ao agredido. E se além dessa carga já pesada, a pessoa ainda escolhe tentar se livrar, se curar, se vingar ou seja lá o que for, através da agressão, eu somo nessa lista de dores o descontrole e a total perda de razão.
Todas as pessoas que cruzamos nessa vida são espelhos de nós mesmos. Criticamos no outro aquilo que não reconhecemos em nós mesmos. Mas também todas as pessoas que cruzamos na vida podem ser aprendizados, se assim escolhermos e estivermos dispostos a encara-las dessa forma. Aceitar esse espelho e se olhar de verdade, profundamente, interiormente. Todos temos nossos buracos e demônios. Nosso medos e inseguranças. Nossos descontroles. Somos humanos. E como humanos somos mutáveis. E por mais dolorido que seja olhar para si mesmo e se assumir com todos os defeitos de fábrica que carregamos, um vez isso feito, a mudança é duradoura. Libertadora. Mas sempre vai ter quem prefira passar raso pela vida. Sem nunca se aprofundar em si, sem nunca fazer as pazes com seus demônios e sempre jurando de pé junto que "o inferno, são os outros". Desculpe-me Sartre, mas o inferno, somos nós.
Eu conheço minha força e a sei suficiente para carregar aquilo que me pertence...escolho não jogar meus pesos e responsabilidades em cima de ninguém... e justamente por isso, me recuso a carregar o peso das frustrações alheias, ainda mais aquelas travestidas de violência.
Mais amor, por favor. Pra dentro! Se não for pra dentro, não sobra para por pra fora...

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